Quem não se lembra da polémica declaração de Marilyn Monroe, quando questionada por um repórter sobre o que usava para dormir, respondeu:
“Apenas duas gotas de Chanel Nº.5“
Chanel Nº5, o início
Como todas as histórias que se perdem na memória, também a história deste perfume é feita de algumas lendas.
Diz-se que o nascimento do Nº.5 aconteceu depois de Coco Chanel ter conhecido o perfumista Ernest Beaux, em 1920, numa altura em que os estilistas dedicavam-se a criar roupa e os perfumistas a criar perfumes.
Chanel lançou o desafio: queria um perfume que “cheirasse como uma mulher e não como uma rosa”.
Depois de Beaux apresentar uma série de amostras numeradas, a escolhida foi a número 5, pois Coco ia apresentar a sua colecção no dia 5 do quinto mês (Maio), acreditando que esse número daria sorte.
Se esta história é real ou não, não temos a certeza, mas que o número acabou por dar sorte, disso parece não haver muitas dúvidas.
Agora, o que pouca gente conhece, é a explicação científica que associa esse perfume a uma boa noite de sono.
A resposta está nas flores do Ylang-ylang, que devem ser colhidas ao raiar do dia e postas para secar imediatamente, para que o seu óleo essencial tenha boa qualidade.
Basta uma gota de Óleo Essencial de Ylang-ylang (presente no Chanel Nº.5) no travesseiro para harmonizar o sono.
Perfume de Marilyn Monroe
Talvez por isso era a companhia de Marilyn nas suas noites de sono.
A melhor publicidade alguma vez feita a este perfume não foi intencional e teve Marilyn Monroe como protagonista.
Porém, mais de meio século depois de sua morte, parece que não foi bem isto que a diva do cinema americano quis dizer.
A Chanel aproveitou a descoberta de uma gravação que esclarece a fala de Marilyn para anunciá-la como a nova embaixadora global da icónica fragrância.
“Os jornalistas perguntaram-me ‘O que você usa para dormir? A parte de cima de um pijama? A parte de baixo? Uma camisola?’
‘Então eu disse ‘Chanel Nº.5’, porque é a verdade. E eu não quis dizer que durmo nua”, afirmou à Life Magazine, em 1955.
Apesar de toda a sedução envolvida na conversa com o repórter, Marilyn também dá sinais de ingenuidade, espontaneidade e feminilidade, características perfeitas para a cara da campanha Chanel.
Mas a que é que se deve o sucesso duradouro de um perfume com 95 anos?
Há quem acredite que o status que a marca Chanel tem no mercado permite-lhe atrair o interesse de mulheres, de vários estratos sociais, que procuram o estatuto de riqueza e exclusividade que a marca continua a representar nos dias de hoje, que não é exclusivo aos perfumes e que se estende a acessórios ou peças de roupa.
E qual era a mulher que não gostaria de usar o mesmo perfume que uma das estrelas de Hollywood mais sexys da altura (ou mesmo de sempre)? 🙂